domingo, 10 de outubro de 2010

A Importância do exercício físico na osteoartrite de joelhos

A atividade física pode fazer o portador de osteoartrite de joelhos, também conhecida popularmente como “artrose de joelhos”, sertir-se melhor, reduzindo a dor no joelho e facilitando a execução de suas atividades diarias.
Um sintoma comum da osteoartrite é a dor após a atividade física, o que pode inibir a prática da mesma. Nesses casos o uso de medicamentos analgésicos e terapias físicas, como calor e frio podem ajudar a aliviar a dor e tornar mais fácil a rotina de exercícios físicos.
A prática de exercícios deve ser equilibrada com repouso e cuidados comuns, como: evitar ganho excessivo de peso, uso de calçados apropriados, joelheiras e alongamentos antes e após os exercícios. Caso ocorra surgimento de dor, calor ou vermelhidão na articulação submetida ao exercício, deve-se suspender imediatamente o exercício físico e caso não ocorra alívio dos sintomas, deve-se conversar com seu médico. Sempre é necessário a orientação e programação de exercícios com um profissional habilitado, como um professor de educação física.
O objetivo principal do tratamento não-medicamentoso da osteoartrite tem por finalidade melhorar e preservar a função da articulação e a qualidade de vida.
Os exercícios que irão ajudar o paciente portador de “artrose de joelhos” incluem:
• A atividade aeróbica, como caminhada, ciclismo, natação e hidroginástica. Fortalece o coração e os pulmões melhorando a resistência.
• Exercícios de força, como levantamento de pesos leves ou halteres, com objetivo de contração muscular, principalmente dos músculos da coxa, quadril e glúteos.
• Faixa de exercícios de movimento que ajudam a mantê-lo flexível, como alongamentos ou exercícios que visam a um determinado conjunto, como pilates e dança, esticando os músculos e podendo prevenir a rigidez e as lesões músculo-tendíneas.
• Caminhada ao ar livre, sempre procurando lugares planos e sem desnível.
• Exercícios na água, como hidroginástica e natação.
• Exercícios leves em casa como complemento ao programa de exercícios semanais

Não faça exercícios que exigam estresse sobre a articulação dolorosa. Por exemplo, se você tem osteoartrite de joelhos, tente não fazer exercícios que exerçam pressão sobre os joelhos, como jogar tênis ou futebol; nesses casos somente com liberação médica
O objetivo do exercício físico é manter as articulações e os músculos duros e fortes. Por exemplo, os músculos da coxa mais fortes podem ajudar a reduzir o estresse sobre os joelhos e quadris. Da mesma forma, os músculos fracos e o excesso de peso podem colocar mais estresse na articulação com artrose.
A prática de exercícios físicos no idoso, além de permitir o fortalecimento muscular, favorece a melhora da postura e equilíbrio previnindo quedas.
Para finalizar é importante frisar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisiatras, fisioterapeutas e professores de educação física.
A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, oferecendo benefícios físicos e cardiovasculares aos praticantes, permitindo uma significativa melhora na qualidade de vida.

Bibliografia:
1. Recommendations for the medical management of osteoarthritis of the hip and knee: 2000 update. American College of Rheumatology Subcommittee on Osteoarthritis Guidelines. Arthritis Rheum. Sep 2000;43(9):1905-15. [Medline]. [Full Text].
2. Bijlsma JW, Dekker J. A step forward for exercise in the management of osteoarthritis. Rheumatology (Oxford). Jan 2005;44(1):5-6. [Medline]. [Full Text].
3. Garstang SV, Stitik TP. Osteoarthritis: epidemiology, risk factors, and pathophysiology. Am J Phys Med Rehabil. Nov 2006;85(11 Suppl):S2-11; quiz S12-4. [Medline].
4. Hochberg MC, Altman RD, Brandt KD. Guidelines for the medical management of osteoarthritis. Part II. Osteoarthritis of the knee. American College of Rheumatology. Arthritis Rheum. Nov 1995;38(11):1541-6. [Medline].
5. Manninen P, Riihimaki H, Heliövaara M, et al. Weight changes and the risk of knee osteoarthritis requiring arthroplasty. Ann Rheum Dis. Nov 2004;63(11):1434-7. [Medline]. [Full Text].

terça-feira, 27 de julho de 2010

O que é Tendinite?

Tendinite significa inflamação de um tendão e de sua bainha. Os sinais e sintomas são semelhantes a outros processos inflamatórios (dor, calor, vermelhidão e “inchaço”), podendo evoluir para lesões parciais ou ruptura completa do tendão quando não tratada adequadamente.

O tendão é uma estrutura que liga o músculo ao osso, de grande resistência a cargas, tendo como função transmitir a força produzida no músculo até o osso para movimentar as articulações. Geralmente a tendinite é denominada de acordo com a região do corpo: tendinite Aquiles(tendão de Aquiles), tendinite patelar (tendão patelar) e epicondilite lateral (epicôndilo lateral).

• Causas

Existem inúmeras causas que acarretam a inflamação do tendão, como por exemplo, as lesões por esforços repetitivos, excesso de força, traumas locais e doenças sistêmicas, sendo as doenças reumatológicas as mais frequentes. Podem ser agudas, de início rápido com dor, calor local e geralmente autolimitadas; e crônicas onde por processos repetidos ocorre o enfraquecimento e perda de flexibilidade gradativos do tecido tendíneo.
Os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento das tendinites incluem: idade avançada, ocupacionais (movimentos repetitivos, trabalhos com carga) e atividades esportivas (tênis, futebol, beisebol, voleibol). As tendinites mais comuns são a do manguito rotador (ombro), a epicondilite (cotovelo), do punho (Quervain), a tendinite patelar e da pata de ganso (joelho) e a tendinite de Aquiles (tornozelo).

Sintomas

Os sintomas podem variar desde dor e calor, queimação e vermelhidão ao redor do tendão lesionado. Geralmente a tendinite ocasiona uma limitação funcional da articulação do corpo envolvida; por exemplo, nas lesões tendíneas do ombro o paciente apresenta dificuldade para realizar as manobras de rotação e abdução do ombro.
Com esta condição, a dor piora com os esforços físicos e melhora com o repouso articular. Pode ocorrer a ruptura do tendão em situações de estresse crônico do tendão, sendo menos comum em situações agudas.
Diagnóstico Na maioria dos casos o diagnóstico é clínico, sendo necessário apenas o exame articular realizado por um médico especializado, sendo de fácil diagnóstico. Em alguns casos a realização de um exame de imagem auxilia o médico para determinar o grau de extensão da lesão, sendo a ultrassonografia de partes moles e a ressonância magnética nuclear úteis
Lembrando que o simples exame clínico confirma o diagnóstico na maior parte dos casos.

Tratamento

O tratamento das tendinites é conservador. Nas tendinites agudas, comenda-se o repouso articular e o uso antiinflamatórios ou analgésicos combinados comfisioterapia, gelo local e imobilização com órteses (tala, braçadeiras, joelheiras). Nas tendinites crônicas é fundamental a reabilitação através de fisioterapia e reforço da musculatura adjacente.

Infiltração com corticosteróides às vezes é necessária para alívio dos sintomas crônicos com resultados satisfatórios. O objetivo do tratamento é obter alívio da dor e permitir o retorno do paciente às suas funções habituais. Existe uma entidade conhecida como DORT (doença ocupacional relacionada ao trabalho) em que as pessoas que fazem diariamente os mesmos movimentos ou utilizam ferramentas diárias executando as mesmas tarefas como digitadores, operários de linhas de montagem e esportistas, correm riscos maiores de desenvolvê-la, gerando um grande número de afastamentos do trabalho, sendo um tema bastante polêmico dentro da Medicina do Trabalho. Recomenda-se sempre o acompanhamento de um médico especializado e habituado no tratamento dessa enfermidade para um melhor resultado terapêutico e na prevenção de lesões futuras.

Prevenção

Importante salientar na prevenção das tendinites que consiste na prática de atividades físicas regularmente, permitindo o fortalecimento das estruturas tendíneas e musculares, além do alongamento das articulações antes de qualquer exercício. Melhor ergonomia no trabalho é uma das principais medidas para prevenção de tendinites



Referencias bibliográficas: 1. Khan, KM; Cook JL, Kannus P, Maffulli N, Bonar SF (2002-03-16). "Time to abandon the "tendinitis" myth: Painful, overuse tendon conditions have a non-inflammatory pathology". BMJ 324 (7338): 626–7. doi:10.1136/bmj.324.7338.626. PMID 11895810. PMC 1122566. http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/324/7338/626. 2. Low, Steven (Aug 2009). "On Tendonitis". Eat. Move. Improve.. http://www.eatmoveimprove.com/2009/08/on-tendonitis/. 3. Wilson, JJ; Best TM (Sep 2005). "Common overuse tendon problems: A review and recommendations for treatment" (PDF). American Family Physician 72 (5): 811–8. PMID 16156339. http://www.aafp.org/afp/20050901/811.pdf. 4. Gaujoux-Viala C, Dougados M, Gossec L (December 2009). "Efficacy and safety of steroid injections for shoulder and elbow tendonitis: a meta-analysis of randomised controlled trials". Ann. Rheum. Dis. 68 (12): 1843–9. doi:10.1136/ard.2008.099572. PMID 19054817.

sexta-feira, 23 de julho de 2010




XXVIII Congresso Brasileiro de Reumatologia,
em Porto Alegre, nos dias 18 a 22 de setembro


Acontecerá em setembro mais um Congresso Brasileiro de Reumatologia onde serão discutidos temas e aspectos de nossa rica e variada área de atuação, discutindo temas atuais e novas propostas de tratamento aos pacientes. A Reumatologia encontra-se num momento de novidades científicas e será uma oportunidade para permuta de experiências e conhecimentos.

domingo, 23 de maio de 2010

Sete passos para um coração saudável



Publicação recente na revista Circulation da American Heart Association (entidade que trata de assuntos relacionados à saúde cardiovascular), descreve um manual de medidas que um adulto deve seguir para manter um coração saudável:

1. Nunca ter fumado ou ter deixado de fumar há mais de um ano.

2. Índice de Massa Corporal1 (IMC) abaixo de 25 kg/m² (o IMC é calculado dividindo o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros). Calcule seu IMC.

3. Prática regular de atividade física. Recomenda-se a prática de 150 minutos por semana de atividades físicas de intensidade moderada ou 75 minutos por semana de atividade física de intensidade vigorosa para uma saúde ideal.

4. Pressão arterial abaixo de 120 x 80 mmHg.

5. Glicemia de jejum abaixo de 100mg/dl.

6. Colesterol total abaixo de 200mg/dl.

7. Dieta saudável. Para uma dieta de 2000 calorias ao dia, por exemplo, incluir:

  • Pelo menos 04 copos e meio de frutas e vegetais por dia.
  • Pelo menos duas porções de 100 gramas de peixe por semana, preferencialmente peixes como salmão, arenque, cavala, sardinha e truta.
  • Pelo menos uma porção de 30 gramas de grãos integrais ricos em fibras por dia.
  • Limitar a ingestão de sódio (sal) a 1500mg por dia.
  • Não beber mais do que um litro por semana de bebidas com adição de açúcar.

A American Heart Association acredita que estes sete fatores possam melhorar a saúde cardiovascular dos americanos em 20% até o ano de 2020 e reduzir as mortes por doenças cardiovasculares (“infarto”) e acidentes vasculares cerebrais (“derrame cerebral”) em 20%.

domingo, 25 de abril de 2010

Estudo mostra a percepção entre as mulheres na pós-menopausa sobre o risco de fraturas e osteoporose

Estudo publicado no jornal Osteoporosis International realizou um estudo em mais de 60 mil mulheres na pós-menopausa comparando a percepção sobre o risco de fraturas e o risco real de fraturas, em mulheres com mais de 55 anos, utilizando dados do “estudo global longitudinal de osteoporose em mulheres” (GLOW), um estudo envolvendo mulheres na Europa, America do Norte e Austrália.

Os resultados do estudo mostram que entre as mulheres com diagnóstico4 de osteopenia e de osteoporose5, apenas 25% e 43%, respectivamente, reconhecem que seu risco é aumentado para fraturas ósseas.

Entre as mulheres com risco aumentado de fraturas pela presença de pelo menos um dos sete fatores de risco para fraturas: baixo peso, fraturas prévias, história de fratura de quadril entre familiares, cigarro, uso prolongado de corticosteróides, ingesta alcoólica e osteopenia; à proporção que reconhece seu maior risco foi de 19% para as fumantes e 39% para as que usam glicocorticóides. Apenas 33% daquelas com mais de 02 fatores de risco percebem que têm um risco alto de sofrer fraturas.

Cerca de 50% das mulheres após os 50 anos terão uma fratura1 óssea relacionada à osteoporose5. No entanto, muitas mulheres idosas não sabem que têm osteoporose5 ou não entendem o que significa este diagnóstico4. Também não tem conhecimento ou orientação de como prevenir tal patologia.
O estudo concluiu que a maioria das mulheres desconhecem seu risco real de sofrer uma fratura1 óssea.

Osteoporosis international, 01 abril de 2010
Fonte: http://www.springerlink.com/content/j8040l6l00671372/fulltext.pdf

Referências bibliográficas:

1. NIH Consensus Development Panel on Osteoporosis PreventionDiagnosis and Therapy (2001) Osteoporosis prevention,
diagnosis,
and therapy. JAMA 285:785–795
2. Cranney A, Guyatt G, Griffith L, Wells G, Tugwell P, RosenC (2002) Meta-analyses of therapies for postmenopausal,
osteoporosis. IX: Summary of meta-analyses of therapies for
postmenopausal osteoporosis. Endocr Rev 23:570–578
3. Sambrook P, Cooper C (2006) Osteoporosis. Lancet 367:2010–2018
4. Elliot-Gibson V, Bogoch ER, Jamal SA,Beaton DE (2004)Practice patterns in the diagnosis and treatment of osteoporosis
after a fragility fracture: a systematic review. Osteoporos Int15:767–778
5. Giangregorio L, Papaioannou A, Cranney A, Zytaruk N, AdachiJD (2006) Fragility fractures and the osteoporosis
care gap: an
international phenomenon. Semin Arthritis Rheum 35:293–305

quinta-feira, 25 de março de 2010

Artrite: causas e tratamento

O termo artrite significa “inflamação nas juntas”, pode ocorrer em uma ou várias articulações, sendo caracterizada por dor, edema e vermelhidão na articulação acometida.

A artrite é uma das mais comuns manifestações das doenças reumatológicas, sendo descritas mais de 100 doenças que podem causá-la. Pode acometer crianças, adultos e idosos nas suas mais diferentes formas com evolução, de acordo com a patologia causadora, em aguda ou crônica.

· Causas

Das inúmeras causas de artrites podemos citar as formas agudas como as artrites virais, infecciosas e traumáticas e as crônicas normalmente relacionadas a alterações do sistema imunológico, principalmente as doenças reumatológicas.

A osteoartrite (“artrose”), uma das mais frequentes, acomete geralmente os joelhos, colunas, quadris e as mãos causando um desgaste destas articulações. Ocorre com maior frequência nos idosos, podendo acometer também pessoas mais jovens.

A mais conhecida causa de artrite, sem dúvida alguma, é a artrite reumatóide que atinge cerca de 1% da população mundial, com maior frequência as mulheres. Acomete preferencialmente as articulações das mãos, punhos, joelhos e pés existindo desde formas mais leves a agressivas da doença sendo necessário diagnóstico e tratamento precoces para prevenção de deformidades.

Em crianças, a artrite reumatóide juvenil é a forma mais comum; podendo atingir desde a infância até a adolescência com sintomas um pouco diferentes da artrite reumatóide do adulto. Não se conhecem suas causas, mas acredita-se que exista uma transmissão genética “familiar” da doença.

A gota ocorre com maior frequência em homens sendo ocasionada devido ao aumento do ácido úrico no sangue, levando ao acúmulo desta substância nos tecidos, particularmente nas articulações, desencadeando a “artrite gotosa”.

Das doenças do sistema imunológico, o lúpus eritematoso sistêmico é a mais clássica devido à diversidade de sintomas e órgãos do corpo que podem ser acometidos. Afeta com maior freqüência as mulheres jovens em idade fértil. Normalmente a artrite do lúpus é discreta com menos dor, limitação e deformidade nas articulações acometidas.

Dentre outras causas podemos citar a espondilite aquilosante, artrite reativa, artrite relacionada à psoríase e síndrome de Sjogren.

. Tratamento

O tratamento da artrite depende da causa desencadeante. Deve ser individualizado para cada paciente podendo ser prescritos medicamentos antiinflamatórios e analgésicos, e em alguns casos: corticosteróides, compostos imunossupressores (por exemplo, azatioprina, metotrexato, leflunomide, cloroquina e sulfassalazina) e medicações biológicas, os chamados biológicos: Remicade®, Humira®, Enbrel®, Mabthera®,Orencia® e recentemente, Actemra®.

Em alguns casos podem ser necessárias intervenções não-farmacológicas, como fisioterapia, redução de peso, terapias na água e exercícios físicos supervisionados.

O objetivo do tratamento da artrite consiste em reduzir a dor e inflamação da articulação (“junta”) acometida, melhorando a função da mesma.

O tratamento da artrite, devido as suas inúmeras causas desde doenças locais da articulação a doenças sistêmicas, deve ser individualizado. Daí a importância do seu diagnóstico e tratamento ser realizado por um profissional especializado, na maior parte dos casos o reumatologista.

Referências bibliográficas:

1. Smolen JS, Aletaha D, Koeller M, et al. New therapies for treatment of rheumatoid arthritis. Lancet. Dec 1 2007;370(9602):1861-74.
2. Cooper GS, Dooley MA, Treadwell EL, et al. Hormonal, environmental, and infectious risk factors for developing systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum. Oct 1998;41(10):1714-24.
3. Rahman A, Isenberg DA. Systemic lupus erythematosus. N Engl J Med. Feb 28 2008;358(9):929-39.

4. Helmick CG, Felson DT, Lawrence RC, Gabriel S, Hirsch R, Kwoh CK, et al. Estimates of the prevalence of arthritis and other rheumatic conditions in the United States. Part I. Arthritis Rheum. Jan 2008;58(1):15-25.

5. Felson DT, Zhang Y, Anthony JM, et al. Weight loss reduces the risk for symptomatic knee osteoarthritis in women. The Framingham Study. Ann Intern Med. Apr 1 1992;116(7):535-9.

6. [Best Evidence] Chaipinyo K, Karoonsupcharoen O. No difference between home-based strength training and home-based balance training on pain in patients with knee osteoarthritis: a randomised trial. Aust J Physiother. 2009;55(1):25-30.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O que é espondilite anquilosante?

A espondilite anquilosante é um tipo de reumatismo que acomete a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas causando uma inflamação crônica que, quando não identificada e tratada precocemente, pode levar a deformidades e seqüelas articulares crônicas, acarretando um “congelamento” da coluna vertebral, que em casos graves e avançados evolui para a fusão das vértebras, conhecido como “coluna em bambu”.

Ocorre com maior frequência no sexo masculino, numa proporção de 4-5 homens afetados para uma mulher com a doença.

As causas da espondilite anquilosante ainda não são conhecidas, acredita-se que se relaciona com fatores hereditários, pela existência de um marcador genético, o HLA-B27 presente na maioria dos pacientes com espondilite anquilosante.

Sintomas

O início dos sintomas ocorre geralmente no final da adolescência e início da idade adulta normalmente com uma história de dor nas costas, sendo difícil seu diagnóstico nesta fase da doença.

O sintoma mais comum é a dor nas costas, na região lombar e glútea, geralmente de início lento perdurando de meses a anos, acompanhado de rigidez matinal, melhorando com exercícios e piorando com o repouso e durante o sono.

A principal articulação acometida é a sacroilíaca, localizada na região sacral, no final da região lombar. Além das sacroilíacas e coluna, outras articulações, órgãos e tecidos podem ser acometidos pela doença:
 Quadril
 Ombros
 Joelhos
 Olhos (uveítes)
 Intestinos (doenças inflamatórias intestinais)

Diagnóstico

A espondilite anquilosante faz parte de um grupo de doenças conhecidas como espondiloartropatias, onde estão incluídas a Síndrome de Reiter, alguns casos de Artrite Psoriásica, e a Doença Inflamatória Intestinal (Chron, Retocolite Ulcerativa, etc.).
O diagnóstico da doença é baseado na história clínica obtida pelo médico, nos exames de imagem (“raio x” das sacroilíacas e coluna, tomografia computadorizada e em alguns casos pela ressonância nuclear magnética).

Devido à ausência de exames laboratoriais específicos para o diagnóstico e as alterações radiológicas serem tardias, o diagnóstico da espondilite anquilosante é retardado na sua fase inicial atrasando o início do tratamento da doença.

Tratamento

É fundamental o diagnóstico precoce para prevenir as sequelas articulares, e por ser uma doença crônica não há cura para a espondilite anquilosante, sendo importante a conscientização do paciente para aderência e seguimento ao tratamento proposto. O objetivo do tratamento consiste no alívio dos sintomas e a melhora da mobilidade da coluna prevenindo o “endurecimento da coluna” permitindo ao paciente uma qualidade de vida satisfatória.

O tratamento medicamentoso engloba o uso de medicamentos como antiinflamatórios, analgésicos e corticóides; além da sulfassalazina e metotrexato como drogas modificadoras da doença.

Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas para os casos que não apresentaram controle da doença com as drogas citadas anteriormente, são os chamados biológicos: Remicade®, Humira® e Enbrel®.

O pilar do tratamento da espondilite anquilosante consiste na reabilitação intensiva, através da fisioterapia, exercícios para a coluna (RPG), atividades físicas na água (hidroterapia, natação) sendo recomendado um programa regular de exercícios sempre supervisionado por um profissional capacitado.

Prognóstico

A espondilite anquilosante, assim como as espondiloartropatias, são doenças crônicas em que grande parte dos pacientes evoluem com dor lombar crônica e em alguns casos incapacitante. Desse modo, o paciente deve participar ativamente de seu tratamento para que seja atingido um sucesso terapêutico, prevenindo as sequelas e incapacidades da doença, melhorando a sua qualidade de vida.

O acompanhamento dos pacientes deve ser feito por profissionais especializados, o reumatologista, juntamente com o ortopedista, fisiatras e fisioterapeutas.


Referências bibliográficas:

1. Peh WC. Cervical spine ankylosing spondylitis. Am J Orthop. Jun 2004;33(6):310.
2. Wu Z, Lin Z, Wei Q, Gu J. Clinical features of ankylosing spondylitis may correlate with HLA-B27 polymorphism. Rheumatol Int. Feb 2009;29(4):389-92.
3. van der Heijde D, Landewé R, Baraliakos X, Houben H, van Tubergen A, Williamson P, et al. Radiographic findings following two years of infliximab therapy in patients with ankylosing spondylitis. Arthritis Rheum. Oct 2008;58(10):3063-70.
4. Jee WH, McCauley TR, Lee SH, et al. Sacroiliitis in patients with ankylosing spondylitis: association of MR findings with disease activity. Magn Reson Imaging. Feb 2004;22(2):245-50.
5. Vinson EN, Major NM. MR imaging of ankylosing spondylitis. Semin Musculoskelet Radiol. Jun 2003;7(2):103-13.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aspectos psicológicos das doenças reumatológicas

Por Daniel Medeiros

É do conhecimento de todos nós que as doenças reumatológicas podem ter relação com fatores psicológicos; admiti-los contribui para um diagnóstico diferencial que não se limita a enxergar apenas a ponta do iceberg “doença”, mas também a sua base inexplorada que possui raízes relacionadas a fatores psicológicos que contribuem para fundamentar a sintomatologia apresentada.

A natureza orgânica do homem já não pode ser mais considerada como apenas produto de uma mera rede bioquímica. Essa visão biologizante dos sujeitos perdeu espaço para uma visão holística, ou seja, integral e que mescla fatores biopsicossociais do paciente.

Observa-se que indivíduos com problemas reumatológicos apresentam maior incidência de psicopatologias como a depressão. Deve-se considerar ainda que tais doenças apresentam forte relação com a autoimagem e estão associadas a um fenômeno conhecido como onipresença da doença. Ou seja, o indivíduo se vê atado a uma sintomatologia crônica sobre a qual não consegue um controle muitas vezes satisfatório gerando uma sensação de descontrole em relação ao seu próprio corpo e por conseqüência a delegação dele (corpo) a entidades mais poderosas como no caso do médico, fisioterapeutas dentre outros profissionais das áreas afins o que por si só gera uma sensação de impotência e intenso sofrimento psíquico.

Os fatores sociais e psicológicos devem ser levados em consideração na programação terapêutica proposta, para um melhor diagnóstico e, por conseguinte prognóstico.

Aqueles que adquirem uma postura ativa em relação a essas doenças demonstram uma melhor convivência com elas na medida em que as enfrentam e tentam viver a vida da melhor maneira possível apesar de suas limitações. Já os de posicionamento passivo possuem no geral uma relação conturbada com sua doença, pois costumam usá-la como uma justificativa para sua dependência e incapacidade não a combatendo acarretando, assim, em prejuízos para a sua própria saúde.

O apoio familiar é imprescindível. Embora seu excesso possa assumir um caráter negativo quando se torna mais quantitativo do que qualitativo.

Informar-se sobre a doença, buscar uma excelência na qualidade de vida em geral, confiar no tratamento proposto pelo profissional de saúde e desenvolver a autonomia são os caminhos mais viáveis para todos aqueles que buscam conviver bem com essas patologias.


Referência bibliográfica:

Spink, Mary. Psicologia social e saúde. Rio de Janeiro: vozes, 2003.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A importância da atividade física na fibromialgia

A atividade física nos dias atuais é fundamental, todas as pessoas necessitam manter uma qualidade de vida e condicionamento físico adequados para se adaptarem ao mundo competitivo atual.

Estudos científicos têm mostrado que exercícios são essenciais para o alívio dos sintomas da fibromialgia. Os exercícios aeróbicos têm mostrado um importante efeito analgésico e antidepressivo melhorando os sintomas fibromiálgicos.

Na fibromialgia, a atividade física consiste em um pilar importante na condução da doença. Devido ao quadro doloroso difuso, os pacientes evitam fazer atividades físicas desencorajando-as; por esse motivo no início do tratamento, muitos pacientes precisam de medicamentos para iniciar uma atividade física devido quadros dolorosos.

O exercício físico na fibromialgia propicia um melhor alongamento dos tendões, melhora a mobilidade das fibras musculares, propicia condicionamento aeróbico e melhora do humor. Os exercícios devem ser leves inicialmente com um programa de treinamento com aumento progressivo da intensidade, sempre supervisionado por um profissional qualificado para tal atividade física.

O objetivo do tratamento com exercícios na fibromialgia consiste em um programa de reabilitação que tenha como objetivo:

. Aliviar as contrações musculares dolorosas;
. Correção da postura;
. Aumentar a força muscular;
. Melhora cardiovascular;
. Controle do peso;
. Melhora do sono e humor.

Os exercícios de resistência (musculação) são fundamentais para o tratamento sendo importantes para melhora da força muscular e diminuição das contraturas musculares.
Alem da fisioterapia, terapias na água (hidroterapia, hidroginástica, natação), RPG, caminhadas, corridas e terapias alternativas (acupuntura, quiropraxia e massagens) podem ajudar e auxiliar o tratamento desta enfermidade.

Vale ressaltar que os pacientes devem realizar exercícios de alongamento no início e ao final dos exercícios e sempre após avaliação médica, para liberação da prática de exercícios físicos.

Recomenda-se uma consulta com um reumatologista para o diagnóstico e tratamento da fibromialgia. Um profissional especializado é fundamental devido ao diagnóstico diferencial de outras doenças que também podem causar dor crônica e cansaço.

Vale ressaltar que uma prática regular de atividade física proporciona uma redução do estresse, tanto emocional como físico; previne doenças cardiovasculares; melhora a qualidade do sono; corrige vícios posturais; alivia sintomas relacionados à depressão, enfim proporciona uma melhor qualidade de vida.


Referências bibliográficas:

1. Winfield JB. Psychological determinants of fibromyalgia and related syndromes. Curr Rev Pain. 2000;4(4):276-86.
2. Bradley LA. Psychiatric comorbidity in fibromyalgia. Curr Pain Headache Rep. Apr 2005;9(2):79-86.
3. Hassett AL. Psychosocial aspects of fibromyalgia: psychological stress, psychiatric morbidity, and personality subgroups. 2008;pp 55-61.
4. Carville SF, Arendt-Nielsen S, Bliddal H, et al. EULAR evidence-based recommendations for the management of fibromyalgia syndrome. Ann Rheum Dis. Apr 2008;67(4):536-41.
5. Jones KD, Adams D, Winters-Stone K, Burckhardt CS. A comprehensive review of 46 exercise treatment studies in fibromyalgia (1988-2005). Health Qual Life Outcomes. Sep 25 2006;4:67.
6. Busch AJ, Schachter CL, Overend TJ, et al. Exercise for fibromyalgia: a systematic review. J Rheumatol. Jun 2008;35(6):1130-44.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A importância do cálcio na osteoporose


O cálcio é um importante mineral necessário para o crescimento, fortalecimento e nutrição dos ossos do corpo; a sua deficiência pode ocasionar a progressão da osteoporose, que consiste na baixa massa óssea e fragilidade do osso predispondo o indivíduo a fraturas ósseas.

Na população mundial apenas 50-60 % dos adultos e 10-20% adolescentes ingerem a quantidade recomendada pela organização mundial da saúde.

Além do cálcio, vários nutrientes, em especial a vitamina D, ajudam a aumentar a absorção de cálcio pelo organismo tendo um importante papel na osteoporose. Uma adequada ingestão de cálcio é importante para manter os níveis de cálcio no sangue e protegendo a perda óssea de cálcio dos ossos.

Após os 50 anos de idade, a importância da ingestão de cálcio aumenta devido à rápida perda óssea pela deficiência de estrógeno nas mulheres na pós-menopausa.

As necessidades diárias de cálcio variam muito de acordo com a idade e país, mais de uma maneira geral recomenda-se uma ingestão diária de cálcio entre 1000 – 1300 mg/dia.

Além da suplementação de cálcio é necessária a orientação para alguns fatores que podem agravar a osteoporose como: cigarro, alcoolismo, falta de atividade física e excesso café.

Na maioria dos casos de osteoporose, acaba sendo necessária a reposição via oral de cálcio através de suplementos de cálcio diversos no mercado alguns apenas com cálcio e outros com associações com vitamina D. Porém serve o alerta para a necessidade de uso do cálcio e vitamina D sempre com prescrição médica devido à possibilidade de efeitos colaterais e complicações do tratamento.

Composição de cálcio em alguns alimentos do dia-dia:

Recomendação 1000 mg/dia

01 copo de leite
291-302 mg
01copo de iogurte
230-240 mg
01 fatia de queijo branco
200-210 mg
Couve cozida – 01 xícara
145-150 mg
Brocólis cozido – ½ xícara
180-190 mg
Espinafre – 04 colheres sopa
160-165 mg
Sardinha em conserva – 100 g
400-410 mg
Requeijão – 01 colh. de sopa cheia
170-175 mg
Flocos de aveia – 04 colh. sopa cheias
150-160 mg
Soja – 01 xícara
160-170 mg

domingo, 24 de janeiro de 2010

O que é Lombalgia?


A lombalgia, também conhecida popularmente como “dor nas costas”, ocorre na região lombar da coluna vertebral. È uma das doenças osteomusculares mais comum no dia-dia do consultório do reumatologista.

Entre 70-80% (dados OMS – Organização Mundial da Saúde) das pessoas desenvolverão um episódio de lombalgia durante a vida.

Nos dias atuais devido ao avanço tecnológico e vida sedentária das pessoas os problemas de “dor nas costas” vêm aumentando progressivamente devido ao aumento da expectativa de vida da população.

· Classificação

Pode ser classificada de acordo com a duração dos sintomas em:

ü Aguda: início súbito e duração menor que 06 semanas;
ü Subaguda: duração de 6 a 12 semanas;
ü Crônica: duração maior que 12 semanas;
ü Recorrente: reaparece após períodos de melhora.

· Causas

Dentre as inúmeras causas de lombalgia, a grande maioria decorre de entorses e distensões das estruturas tendíneas e musculares da região paravertebral, decorrentes de excesso de peso, obesidade; sobrecarga mecânica, esforços excessivos, falta de exercícios, fatores psicológicos, má-postura e causas genéticas, como escoliose congênita.

· Sintomas

O principal sintoma é a “dor nas costas” de início lento e geralmente agravada após flexão da coluna, esforços físicos excessivos ou má-postura, inicialmente na região lombar, porém podendo irradiar-se a região sacral, coxas e joelhos; quando irradia-se para todo membro inferior, o problema pode ser acometimento do “nervo ciático” (lombociatalgia) ou compressão por hérnia de disco.

Na maioria dos casos não são necessários exames complementares, como raio-x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, sendo o diagnóstico feito pelo próprio médico.

È necessário o exame médico cuidadoso para que sejam afastadas causas secundárias desencadeadoras de dor lombar, como doenças tumorais, infecções da coluna, doenças inflamatórias, fibromialgia e fraturas.

· Tratamento

O tratamento da lombalgia crônica tem como objetivo principal corrigir os fatores causais modificáveis como: exercícios físicos para fortalecimento muscular, perda de peso e correção de vícios de postura. Medidas simples como: cadeiras e colchões adequados, correção postural e controle do peso são altamente eficazes para controle da dor. Medidas físicas como: fisioterapia, hidroginástica e RPG são importantes aliados no tratamento.

O tratamento medicamentoso consiste basicamente no alívio dos sintomas, sendo comum o uso de analgésicos, relaxantes musculares e antiinflamatórios, como dipirona, paracetamol e diclofenaco.

Os casos cirúrgicos estão associados a patologias de hérnia discal e deformidades de coluna, como escoliose congênita geralmente indicada devido dor crônica não-controlável com medicamentos.
Sempre que possível deve-se iniciar atividade física precocemente, com retorno ao trabalho sempre que possível.

· Prognóstico

O prognóstico da lombalgia costuma ser muito bom, sendo a maioria dos casos resolvidos em dias ou semanas. Os casos que persistem podem se tornar crônicos sendo necessário um acompanhamento do reumatologista para avaliação, uma vez que existem inúmeras causas secundárias que necessitam ser investigadas nos casos de lombalgia crônica.

A lombalgia devido aos seus impactos físicos, emocionais, sociais, trabalhistas e econômicos deve ser encarada de forma séria como um problema de saúde pública, sendo seu tratamento otimizado com objetivo de reintegração do indivíduo a sociedade.

domingo, 17 de janeiro de 2010

O que é Lúpus?


Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença auto-imune de causa desconhecida, que atinge o sistema imunológico podendo acometer vários órgãos, tecidos e células do corpo; não é uma doença contagiosa.

Suas manifestações clínicas variam muito de um paciente para outro, podendo apresentar desde formas leves a formas graves. Atinge predominantemente mulheres na idade reprodutiva na proporção (09 mulheres para 01 homem).

· Causas

Não existe uma causa ainda conhecida como causadora do Lúpus; sabe-se que o sistema imunológico sofre alterações desencadeando a doença.

Entre as causas conhecidas pode-se citar:

. Predisposição genética: cerca 10-12% dos pacientes com Lúpus tem parentes próximos com a doença;
. Hormonais: predomina nas mulheres em idade reprodutiva, uma provável associação com o estrógeno;
. Stress
. Luz ultravioleta: “radiação solar”
. Vírus

· Sintomas

As manifestações clínicas do Lúpus são muito variáveis, podendo apresentar casos leves facilmente controláveis a casos graves acometendo vários órgãos do corpo humano.

As manifestações clínicas gerais mais freqüentes são: dor e inchaço nas “juntas” do corpo, mal-estar, queda de cabelo, fraqueza, febre, cansaço, emagrecimento, anemia e falta de apetite; sendo os sintomas geralmente de início lento, podendo persistir por semanas ou meses.

As principais alterações são na pele e articulações, sendo a lesão mais conhecida, em “asa de borboleta” atingindo o rosto, que se agravam após exposição solar. A artrite do Lúpus, diferentemente da artrite reumatóide, costuma ser leve e pouco dolorosa.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico nas formas graves pode atingir vários órgãos, sendo os mais acometidos: os rins; o sangue; o sistema nervoso central e vasos.

· Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo reumatologista através de alterações clínicas no exame médico, alterações laboratoriais e nos exames imunológicos (FAN – Fator Antinuclear; Anti-DNA; Anti-Sm, entre outros), que através de critérios de classificação (Colégio Americano de Reumatologia – 1997) pode-se confirmar o diagnóstico de Lúpus.

· Tratamento

O tratamento do Lúpus é multifatorial sendo individualizado para cada paciente e os órgãos acometidos. Os medicamentos mais usados no tratamentoo do Lúpus têm por objetivo controlar a inflamação e o sistema imunológico.

Os medicamentos mais utilizados são: os corticosteróides, fundamentais no tratamento, sendo sempre prescritos sob orientação médica devido seus efeitos colaterais e complicações pelo seu uso prolongado.

Além dos corticosteróides também são usados os antimaláricos (hidroxicloroquina e difosfato de cloroquina) e os imunossupressores, como azatioprina, micofenolato, ciclofosfamida e ciclosporina, sendo indicados de acordo com a região do corpo acometida.

Além dos medicamentos, o paciente com Lúpus deve seguir uma série de recomendações: evitar exposição solar, fazendo sempre uso de filtros solares; dieta balanceada, evitando excesso sal e gorduras; evitar álcool e fumo e praticar atividades físicas regularmente, para uma melhor qualidade de vida.

· Prognóstico

Atualmente, o prognóstico do Lúpus é bom, devido às novas alternativas terapêuticas que mudaram a história natural da doença, sendo importante o acompanhamento regular com o reumatologista para o controle desta doença.




sábado, 16 de janeiro de 2010

Dor lombar e obesidade


As dores lombares atingem grande parte da população mundial, estimativas mostram que cerca de 70 a 85% de toda a população mundial irá sentir dor lombar em alguma época de sua vida. Quando os sintomas de dor lombar têm duração superior a seis meses, caracterizam-se como dor crônica.

Pessoas que apresentam excesso de peso apresentam um elevado risco de dor musculoesquelética crônica, especificamente lombalgia.
Estudo publicado em dezembro na revista American Journal of Epidemiology relata o aumento do risco de dor lombar (“dor nas costas”) em pacientes obesos. Em uma revisão em várias publicações científicas demonstrou que pessoas com sobrepeso e obesas apresentam mais dor lombar crônica.

Os pesquisadores encontraram 33 estudos selecionados que falam sobre o assunto; a obesidade esteve associada com uma freqüência de dor lombar baixa com um risco relativo aumentado de 1,33 vezes, busca por atendimento médico por dor nas costas 1,56 vezes e dor lombar crônica 1,56 vezes em relação à população não-obesa.
Os resultados mostraram que as pessoas com sobrepeso e obesidade, quando comparadas com as pessoas com peso normal, tiveram uma maior prevalência de dor lombar baixa.

Este estudo reforça a importância do controle de peso como forma de prevenir e aliviar os sintomas da dor lombar crônica, uma importante queixa de dor osteomuscular nos dias atuais.
Outros estudos prévios já demonstravam a importância da atividade física como forma de controle da dor lombar na população de obesos.

Fonte: Am J Epidemiology. Volume 171, Number 2, 11 Dec 2009. Pages 135-154

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O que é artrite reumatóide?



A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica, debilitante, autoimune, que afeta as articulações (juntas) do corpo causando dores crônicas. Quando não tratada pode levar a deformidades e destruição das articulações comprometendo a qualidade de vida das pessoas.

A doença afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens entre 45 e 70 anos, embora possa manifestar-se em qualquer idade. A origem da doença é incerta, mais se sabe que está relacionada a distúrbios do sistema imunológico e a fatores ambientais e emocionais.

· Sintomas

Os sintomas geralmente iniciam-se lentamente com quadro de dor articular com artrite (dor, calor e vermelhidão na articulação), rigidez matinal “ao acordar”, anemia, cansaço extremo, perda de apetite e astenia.

As principais articulações acometidas são:
· Mãos;
· Joelhos;
· Pés;
· Ombros;
· Temporomandibular;
· Coluna cervical;
· Cotovelos.

· Diagnóstico

O diagnóstico da artrite reumatóide é feito através do exame clínico (feito pelo médico) e pelos exames laboratoriais e radiológicos (raio X). Geralmente os exames reumatológicos encontram-se alterados (PCR – proteína C reativa, VHS e látex – fator reumatóide).

· Tratamento

O início precoce do tratamento da artrite reumatóide previne as deformidades e seqüelas articulares, daí a importância do diagnóstico e encaminhamento ao reumatologista assim que surgem os primeiros sintomas da doença.

A reabilitação precoce (fisioterapia; hidroterapia; RPG), juntamente com atividade física regularmente (supervisionada por um médico) são fundamentais para o sucesso do tratamento.
O tratamento medicamentoso inclui analgésicos, antiinflamatórios não esteróides (diclofenaco, meloxicam, nimesulida), corticosteróides (prednisona) e drogas imunossupressoras os DMARDs, como o metrotrexato, leflunomida, cloroquina e sulfassalazina.

Alguns medicamentos mais recentes, desenvolvidos através de tecnologias baseadas na biologia molecular, trazem novas possibilidades terapêuticas para os casos que não apresentaram controle da doença com as drogas citadas anteriormente, são os chamados biológicos: Remicade®, Humira®, Enbrel®, Mabthera®,Orencia® e recentemente, Actemra®.

A cirurgia e a colocação de próteses articulares podem representar uma opção de tratamento, nos estágios avançados da doença.

· Prognóstico

A artrite reumatóide quando diagnosticada e tratada precocemente pode apresentar uma evolução favorável com controle da doença em poucos meses, podendo até haver o desaparecimento completo dos sintomas por vários meses ou mesmo anos. Na maioria dos pacientes, a doença persiste necessitando um acompanhamento periódico com o reumatologista, com o objetivo de controle da doença evitando seqüelas articulares que prejudiquem a qualidade de vida do portador de artrite reumatóide.


domingo, 10 de janeiro de 2010

O que é gota?


A gota é uma doença crônica, que atinge as articulações causando quadro de artrite. Estima-se que uma média de 2% da população mundial sofre de gota, sendo bem mais comum em homens.

A doença que aparece geralmente após os 35 anos de idade, ocorre devido a um acúmulo de ácido úrico no sangue, levando ao depósito de monourato de sódio “cristais” nas articulações, gerando os surtos de artrite aguda geralmente dolorosos e debilitantes, podendo acontecer tanto pela produção excessiva quanto pela eliminação deficiente da substância.

· Causas

> Hereditárias, a mais comum geralmente com história familiar de gota, pais, avós e irmãos;
> Medicamentos: aspirina; diuréticos (ex, hidroclorotiazida; clortalidona);
> Excesso dieta: menos comum
> Problemas renais
> Doenças do sangue
> Quimioterapia, entre outras causas.

· Sintomas

Na maioria das vezes, o primeiro sintoma é uma artrite “inchaço” do dedo grande do pé acompanhado de dor forte, conhecido como podagra. A primeira crise pode durar de 2 a 10 dias, e após este período o paciente volta a levar uma vida normal, o que geralmente dificulta o diagnóstico. As crises são recorrentes podendo variar de semanas a meses.

O paciente que não se trata pode ter suas articulações deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de monourato de sódio em cartilagens, tendões, articulações e bursas, os conhecidos tofos gotosos “caroços nas articulações”.

· Diagnóstico


Cerca de 20% dos pacientes que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) podem não serem portadores de gota, a conhecida hiperuricemia assintomática. Nas crises de gota aguda, os níveis de ácido úrico no sangue podem estar normais, dificultando o diagnóstico, sendo recomendada uma nova dosagem fora das crises.

Valores normais de ácido úrico no sangue
:
> Homens adultos = 3,4 - 7,0mg/dL
> Mulheres adultas = 2,4 - 6,0mg/dL

· Tratamento

A gota é uma doença crônica ocasionada por um defeito genético na produção ou eliminação de ácido úrico não havendo, portanto cura definitiva.

Geralmente o tratamento consiste de dieta e medicamentos para diminuir a taxa de ácido úrico no sangue e, conseqüentemente, evitar as crises de gota. O mais conhecido deles o alopurinol e colchicina muito utilizados no tratamento da fase aguda e na manutenção após crises.

· Orientações dietéticas

O ácido úrico é uma substância produzida pelo nosso organismo quando da utilização de todas as proteínas ingeridas na alimentação. O excesso de ácido úrico no sangue, além de “atacar” as articulações, pode atacar os rins, produzindo cálculos renais (pedras nos rins).

Os pacientes com gota, principalmente quando os níveis de ácido úrico estão altos, tem que diminuir a ingestão de bebidas alcoólicas, frutos do mar, miúdos, vísceras, grãos (feijão, grão de bico), defumados, conservas e excesso de carne vermelha porque pode desencadear uma crise.

Quando o paciente stá em tratamento, esses alimentos podem ser ingeridos sem exagero. O paciente não pode abandonar o tratamento porque as crises de gota repetidas podem levar a artrose e deformidades das articulações acometidas. É importante o acompanhamento com o reumatologista devido a cronicidade da doença para que seja instituido o tratamento adequado com a finalidade de evitar deformidades articulares.

O que é osteoartrose?



A osteoartrose, também conhecida popularmente como artrose, é a mais comum das doenças reumatológicas; é uma doença das articulações, degenerativa e progressiva, na qual a cartilagem que reveste as extremidades ósseas se deteriora, causando diferentes graus de dor, inflamação e incapacidade.

Acomete uma grande parte das pessoas acima de 65 anos, principalmente cerca de 80% daqueles com mais de 75 anos.

As articulações mais acometidas são:
· Joelhos;
· Coluna lombar e cervical;
· Dedos das mãos;
· Quadril
· Causas

Os principais fatores de risco para osteoartrose são: obesidade; traumas repetitivos e hereditariedade.

Uma história familiar constituída por muitos casos de osteoartrite torna-se um fator de risco para o desenvolvimento de osteoartrose. A obesidade ocasionando sobrecarga de peso também é um fator agravante da osteoartrose dificultando o seu tratamento.

Durante a terceira idade, o conteúdo das proteoglicanas “lubrificantes da cartilagem” fica reduzido a um baixo grau, causando o desgaste e degeneração articular, sendo importante, o controle dos fatores de risco nesta fase e início do tratamento com condroprotetores.

· Sintomas

A dor é, sem dúvida, o sintoma mais importante e comum da osteoartrose. A sua intensidade varia muito, podendo ser bem leve ou muito intensa, dependendo da articulação acometida. A dor pode estar relacionada ao exercício físico ou ocorrer em repouso, por exemplo, ao deitar.

A sensação de rigidez articular é referida pela maior parte dos portadores da doença, dando a impressão de que a articulação atingida está "presa". Durante a execução de movimentos, podem ser percebidas crepitações (estalos), devido ao atrito das superfícies articulares que se encontram irregulares, interferindo com os movimentos normalmente suaves. Nos casos mais avançados, podem haver deformidades e perda de função, limitando o paciente para suas atividades diárias habituais.

· Diagnóstico

O diagnóstico é basicamente clínico e radiológico (através do “raio X”), ou seja o diagnóstico tem por base alterações radiográficas típicas em doentes com queixas de dor articular, geralmente mecânica, rigidez e, quase sempre, um grau maior ou menor de limitação da mobilidade e da função da articulação. Os exames laboratoriais geralmente são normais na osteoartrose.


· Tratamento não-medicamentoso

O objetivo principal do tratamento da osteoartrose tem por finalidade melhorar e preservar a função da articulação e a qualidade de vida.

Há muitos tratamentos disponíveis para aliviar os sintomas desta doença, bem como para melhorar e preservar a função articular e a qualidade de vida.

Tais tratamentos envolvem desde a simples orientação educacional para os doentes até ao uso de medicação, fisioterapia e, em casos extremos, cirurgia.

> Uso de calçados apropriados; palmilhas, calcanheiras e joelheiras para manter o alinhamento corporal e corrigir desalinhamentos
> Perda de peso para diminuir a sobrecarga mecânica
> Manter boa força muscular
> Atividade física diária (compatível com a idade e condicionamento físico individualizado), como por exemplo: caminhadas e exercícios na água (hidroterapia, hidroginástica e natação);
> Fisioterapia

Os exercícios devem ser moderados e de baixo impacto, respeitando o acometimento articular de cada indivíduo.

. Tratamento medicamentoso

Muitos medicamentos têm sido utilizados no tratamento da osteoartrose. Os agentes analgésicos, incluindo os antiinflamatórios, como diclofenaco, nimesulida e meloxicam são os mais utilizados nas fases agudas para melhora da dor e rigidez articular. Os antiinflamatórios não podem ser utilizados em excesso devido ao risco de úlcera no estômago, problemas renais, no fígado e no sangue. Foi desenvolvida uma nova classe de AINEs com menor risco de efeitos gastrointestinais indesejáveis, são os COX-2, arcoxia® e celebra®.

Atualmente os condroprotetores,como: glucosamina, condroitina e diacereína (artrolive®, condroflex®, glucoreumin® e artrodar®), entre outros, são as medicações mais utilizadas no tratamento da osteoartrose tentando prevenir a destruição da cartilagem articular (prevenindo a progressão da doença) e com efeitos anti-inflamatórios locais, porém com efeitos questionáveis nas pesquisas médicas.

Medicamentos de uso tópico (creme, pomada, "spray" etc.) com propriedades analgésicas e/ou antiinflamatórias também podem ser utilizados. A infiltração articular (ou seja, dentro da articulação) geralmente está indicada nos casos mais avançados com dor e artrite associada.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fibromialgia



O que é fibromialgia?

A fibromialgia consiste em uma condição dolorosa generalizada e crônica, caracterizada por dor muscular e tendinosa em pontos dolorosos específicos e crônica, geralmente de natureza pouco definida; daí a dificuldade para o diagnóstico clínico e valorização das queixas dos pacientes. Atinge principalmente, as pacientes do sexo feminino, na faixa etária entre os 30 e 60 anos.

· Causas

As causas e mecanismos desencadeantes da fibromialgia ainda não estão bem esclarecidos, não existindo uma causa única conhecida para a fibromialgia. Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais.
Sabe-se que os pacientes possuem uma sensibilidade aumentada à dor, devido à diminuição de neurotransmissores, entre eles: serotoninas, noradrenalinas e outros, fazendo com que o paciente tenha uma maior sensibilidade a dor, acarretando dores musculares difusas.

· Diagnóstico

O diagnóstico da fibromialgia é basicamente clínico, não existindo exames laboratoriais para confirmação do diagnóstico. Consiste em um tipo de reumatismo que não causa deformidades articulares.

Os principais sintomas são:


· Dor difusa pelo corpo em pontos dolorosos específicos por um período maior de 03 meses (tender-points);
· Sono superficial (desperta cansado);
· Ansiedade;
· Dor de cabeça;
· Problemas emocionais;
· Desânimo;
· Cansaço físico


· Tratamento

O tratamento é multifatorial devido à complexidade dos diversos fatores causais de agravo e melhora, a base do tratamento consiste de:

o Medidas não medicamentosas como: condicionamento físico através de exercícios físicos resistidos, musculação e atividades aeróbicas;
o Controle do sono
o Melhora da qualidade de vida
o Tratamento dos transtornos emocionais e depressão que podem estar associados
o Tratamento da dor, através de analgésicos (paracetamol, dipirona)
o Uso de antidepressivos como os tricíclicos (amitriptilina e ciclobenzaprina), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina ( Pregabalina, duloxetina, venlafaxina), entre outros.

· Prognóstico

O prognóstico da fibromialgia, a longo prazo, com a instituição das medidas terapêuticas adequadas costuma ser bom.

A base do tratamento da doença consiste na conscientização por parte do paciente do seu problema e da necessidade de mudanças no seu estilo de vida para melhor resultado a longo prazo da terapêutica medicamentosa instituída.

Torna-se importante o acompanhamento com profissional especializado no tratamento desta síndrome, devido a gama de doenças que podem apresentar sintomas semelhantes (dor muscular difusa) confundindo o diagnóstico e ocasionando tratamento com resultados pouco satisfatórios.

domingo, 3 de janeiro de 2010

O que é a osteoporose?


A osteoporose é uma doença que atinge os ossos, principalmente a coluna vertebral e fêmur. Caracteriza-se pela diminuição da massa óssea tornando-os sujeitos a fraturas, acometendo com maior frequência as mulheres. A doença progride lentamente acometendo em grande parte as mulheres na pós-menopausa, raramente apresentando sintomas antes que apareça uma fratura, que costuma ser espontânea, sem relação com eventos traumáticos. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.

A partir de 1991 após vários consensos das Sociedades mundiais de Densitometria Óssea, passou-se a informar que é fundamental a análise da qualidade óssea e enfatizar a prevençao de fraturas ósseas.

As mulheres são mais atingidas pela doença devido à diminuição do estrógeno após a menopausa, fazendo com que o osso incorpore menos cálcio, tornando-os mais frágeis.

A osteoporose tem uma incidência aumentada entre os brasileiros, acometendo cerca de 10 milhões de brasileiros.

A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método atual, prático e barato para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo. Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos simulando osteoporose.

· Fatores de risco

Os principais fatores de risco para osteoporose são:

- Mulheres;
- Tabagismo;
- Etilismo;
- Ingestão excessiva de café;
- Sedentarismo;
- Uso excessivo de corticosteróides;
- História familiar de fraturas atraumáticas;
- Raça branca;
- Baixo peso.

· Prevenção

· Fazer exercícios físicos regularmente;
· Dieta com alimentos ricos em cálcio (leite e derivados; queijo e yorgute);
· A reposição hormonal, quando indicada, durante e após o climatério consegue evitar a osteoporose;

· Tratamento

Os bifosfonatos são considerados o tratamento de primeira linha no tratamento da osteoporose pós-menopausa. Podemos citar: alendronato; risendronato; ibandronato e ácido zolendrônico entre outros. Podendo ser usados por diferentes formas de administração diário, semanal, mensal ou anual que agem aumentando a massa óssea reduzindo o risco de fraturas.

Outra classe de medicamentos os moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs) são uma classe de medicamentos que agem seletivamente nos receptores de estrogênio corporais. Exemplo: raloxifeno

· Prognóstico

Os pacientes com osteoporose têm grandes riscos de apresentarem fraturas de quadril e coluna vertebral, sendo importante o diagnóstico precoce para reduzir o risco de fraturas no futuro. Da mesma forma, pacientes com histórico de fraturas prévias aumentam muito a reincidência de fraturas.

A osteoporose consiste em um problema de saúde pública, sendo a principal doença relacionada com o envelhecimento, sendo de fundamental importância sua prevenção e diagnóstico precoce.

Vale lembrar que em cerca de 20% casos a osteoporose consiste de outras causas chamadas secundárias (doenças que mimetizam osteoporose), não estando relacionadas com a pós-menopausa, sendo portanto de fundamental importância o acompanhamento de um profissional especializado no tratamento da osteoporose.