domingo, 24 de janeiro de 2010

O que é Lombalgia?


A lombalgia, também conhecida popularmente como “dor nas costas”, ocorre na região lombar da coluna vertebral. È uma das doenças osteomusculares mais comum no dia-dia do consultório do reumatologista.

Entre 70-80% (dados OMS – Organização Mundial da Saúde) das pessoas desenvolverão um episódio de lombalgia durante a vida.

Nos dias atuais devido ao avanço tecnológico e vida sedentária das pessoas os problemas de “dor nas costas” vêm aumentando progressivamente devido ao aumento da expectativa de vida da população.

· Classificação

Pode ser classificada de acordo com a duração dos sintomas em:

ü Aguda: início súbito e duração menor que 06 semanas;
ü Subaguda: duração de 6 a 12 semanas;
ü Crônica: duração maior que 12 semanas;
ü Recorrente: reaparece após períodos de melhora.

· Causas

Dentre as inúmeras causas de lombalgia, a grande maioria decorre de entorses e distensões das estruturas tendíneas e musculares da região paravertebral, decorrentes de excesso de peso, obesidade; sobrecarga mecânica, esforços excessivos, falta de exercícios, fatores psicológicos, má-postura e causas genéticas, como escoliose congênita.

· Sintomas

O principal sintoma é a “dor nas costas” de início lento e geralmente agravada após flexão da coluna, esforços físicos excessivos ou má-postura, inicialmente na região lombar, porém podendo irradiar-se a região sacral, coxas e joelhos; quando irradia-se para todo membro inferior, o problema pode ser acometimento do “nervo ciático” (lombociatalgia) ou compressão por hérnia de disco.

Na maioria dos casos não são necessários exames complementares, como raio-x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, sendo o diagnóstico feito pelo próprio médico.

È necessário o exame médico cuidadoso para que sejam afastadas causas secundárias desencadeadoras de dor lombar, como doenças tumorais, infecções da coluna, doenças inflamatórias, fibromialgia e fraturas.

· Tratamento

O tratamento da lombalgia crônica tem como objetivo principal corrigir os fatores causais modificáveis como: exercícios físicos para fortalecimento muscular, perda de peso e correção de vícios de postura. Medidas simples como: cadeiras e colchões adequados, correção postural e controle do peso são altamente eficazes para controle da dor. Medidas físicas como: fisioterapia, hidroginástica e RPG são importantes aliados no tratamento.

O tratamento medicamentoso consiste basicamente no alívio dos sintomas, sendo comum o uso de analgésicos, relaxantes musculares e antiinflamatórios, como dipirona, paracetamol e diclofenaco.

Os casos cirúrgicos estão associados a patologias de hérnia discal e deformidades de coluna, como escoliose congênita geralmente indicada devido dor crônica não-controlável com medicamentos.
Sempre que possível deve-se iniciar atividade física precocemente, com retorno ao trabalho sempre que possível.

· Prognóstico

O prognóstico da lombalgia costuma ser muito bom, sendo a maioria dos casos resolvidos em dias ou semanas. Os casos que persistem podem se tornar crônicos sendo necessário um acompanhamento do reumatologista para avaliação, uma vez que existem inúmeras causas secundárias que necessitam ser investigadas nos casos de lombalgia crônica.

A lombalgia devido aos seus impactos físicos, emocionais, sociais, trabalhistas e econômicos deve ser encarada de forma séria como um problema de saúde pública, sendo seu tratamento otimizado com objetivo de reintegração do indivíduo a sociedade.

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